Essa seção é destinado ao operador iniciante de Rádio Amador


Outros podem ter muitos anos de RadioAmadorismo mas basta um pequeno QRL e talvez este precise urgentemente se atualizar com as novas maneiras de operar, conhecer novos equipamentos e quem sabe, aprender alguma coisa aqui. A lista abaixo é uma coletânea de algumas palavras que tanto aflige o operador iniciante e a mim pois tenho que responder todos os dias as mesmas perguntas.

Casador de impedância:
O Casador de impedância é um pequeno aparelho que não necessita de voltagem para funcionar. É uma pequena caixa de preferência metálica com 2 conectores fêmea na traseira e 2 botões frontais que sintonizam a impedância no cabo.
Internamente esse simples aparelho possui um indutor (uma bobina) entre 2 variáveis de uns 500 pf. Geralmente é usado para evitar que uma estacionária alta (conhecido como ROE alto) proveniente de uma antena mal sintonizada ou com defeito possa atingir o rádio a fim de evitar a queima do transistor de transmissão. Esse aparelho não corrige os problemas da antena que funcionando mal, diminui a qualidade de transmissão e recepção sendo então muito necessariamente ser consertada. Também serve para corrigir erros de impedância entre a botina e o rádio.

Antena direcional:
As antenas são elementos muito importantes para a estação e a forma física que elas são feitas, faz uma grande função na onda e define muitas formas de funcionamento. Alguns que desconhecem impedâncias, direções, polarizações e tamanhos, pensam que antena é apenas uma vareta colocada no alto do telhado. As antenas montadas no formato direcional e polarizadas no sentido vertical, é muito usada para contatos especialmente entre 2 pontos distintos enquanto que as polarizadas no sentido horizontal, são mais usadas para DX (falar para outros estados brasileiros ou até para outros países) usufruindo da propagação. Antenas direcionais são feitas exclusivamente para transmissões direcionadas para uma direção especifica e são facilmente identificadas pelo sentido horizontal de todas as suas varetas.

Antena vertical:
As antenas montadas no sentido vertical, tem vários formatos variados umas das outras mas todas efetuam as mesmas características que consiste em transmitir e receber em todas as direções diferenciando apenas os seus ganhos em db.
As antenas verticais são mais usadas que as horizontais porque permite uma irradiação mais uniforme para todos os lados permitindo contatos entre todos os participantes de uma "rodada".

Cabo de 50 ohms:
Os cabos blindados para antenas para PX ou Radioamador devem ter a impedância certa de 50 ohms. Esse é o valor usado em todos os transceptores para Radioamador ou PX. Existem cabos de outras impedâncias e são bem parecidos com os de 50 ohms. As diferenças de impedâncias nos cabos implicam com a sua espessura, mas muitos cabos grossos, ainda podem possuir a mesma impedância de cabos finos mas com vantagens como a durabilidade e a potência em RF que pode suportar.

Cabo de 75 ohms:
Os cabos blindados de 75 ohms são especialmente usados para antenas de televisão. Mas algumas antenas de PX ou Radioamador como as dipolos, podem funcionar melhor com o uso de cabos de 75 ohms.
Como descrito no item acima, os cabos que transportam a RF até a antena (linha de transmissão), devem ter seu valor em ohms correto para que a perda por metro não seja maior que o esperado.

Repetidora:
Na faixa das freqüências acima de uns 100 MHz, as estáticas vindas do sol, além de ser em quantidade menor que as freqüências mais baixas, já começam a se perder no espaço depois que refletem na terra. Isso traz muitas vantagens como construções de antenas mais poderosas, receptores mais sensíveis e o uso de repetidoras.
Repetidora são aparelhos e antenas instalados geralmente em locais muito altos com a finalidade de repetir a transmissão facilitando contatos muito mais distantes entre duas ou mais estações. Consiste em 2 (ou mais) rádios sendo um recebendo e o outro re-transmitindo o som vindo do primeiro rádio com uma certa diferença de freqüências entre eles. Essa diferença é padronizada para cada serviço, mas não por todos. Os Radioamadores que usam a faixa entre 144 MHz a 148
MHz, utilizam a diferença de 600 kHz (0,6 MHz), os Radioamadores que usam a faixa de 430 MHz a 450 mhz, utilizam a diferença de 5000 khz (5,0 mhz) e a faixa marítima que funciona em torno de 156 mhz a 162 mhz, utiliza a diferença de 4,600 khz (4,6 mhz). Porém muitos serviços como Rádio-táxi, Hospitais, Bombeiros, Polícia e muitas empresas particulares, utilizam rádios em repetidoras com as diferenças de freqüências dos mais variados. Algumas repetidoras muito usadas em Rádio-táxi, funcionam de forma casada com 2 rádios, Um de UHF e o outro de VHF sendo que um transmite repetindo o que o outro recebe e vice-versa.

Propagação:
Para a alegria dos aficionados em rádio, existe na natureza, um elemento que envolve nosso planeta responsável pela reflexão de certas freqüências de rádio funcionando como um satélite natural permitindo que as emissões de rádio, alcançam distancias intercontinentais. A ionosfera é a terceira camada acima do solo terrestre entre 80 a 400 km formada de diversos elementos ionizados enriquecidos pelas atividades solares com variações a cada hora do dia que determina o
que chamamos de propagação. Graças a ela, é possível fazer contato com o Brasil e algumas partes do mundo mas quando isso fica difícil, dissemos que a propagação está fechada. A ionosfera pode refletir com eficiência, freqüências que vão de alguns khz até 70 mhz, mas dependendo de certas condições raras ocorre reflexões eficientes de até 100 mhz.

BIP:
Um simples sinal sonoro ao final do "cambio" é um bip que avisa que a outra estação parou de falar. Esse sinal pode ser um simples tom ou diversas notas em forma de código para que um painel instalado na base da outra estação Radioamadora identifique o rádio que está transmitindo. Esse método é muito usado nos rádios de Cooperativas de táxi.
Infelizmente estão sendo instaladas placas de pequenos circuitos vendidos nos camelôs em forma de chaveiros que produzem efeitos sonoros especiais como musicas, explosões, gritos e outros sons conhecidos para personalizar o bip sem o conhecimento dos efeitos nocivos que esses circuitos provocam nos rádios.

Telecomandos:
Em meados de 1962 quando foram inventados os primeiros 23 canais na faixa dos 27 MHz, (canais de PX), foram incluídos mais 5 entre os canais 3, 7, 11, 15 e 19 destinados a telecomandos e portanto todos os rádio fabricados na faixa de PX mesmo os atuais de 40 canais, teriam que pular essas freqüências. Isso quer dizer que qualquer brinquedo de controle remoto fabricado nessa época teria que ser fabricado funcionando em um desses 5 canais.
Porém os usuários da faixa PX têm aumentado muito e os fabricantes de aparelhos e brinquedos, tiveram que "fugir" dessas freqüências para outras mais elevadas e seguras e nesse caso, as freqüências de telecomando foram abandonadas.
Atualmente são muito usadas por pessoas que possuam rádios chucrutados que funcionam nesses canais.

Tabelas de rádio:
Atualmente a maioria dos rádios fabricados na faixa de 27 MHz (PX) possui apenas 40 canais e sempre há uma necessidade de aumentar esse número para o máximo possível sem forçar componentes ou desestabilizar as freqüências internas. Quando isso é feito, são acrescentadas ao rádio algumas chaves extras ou é usado algumas das chaves já existentes no painel se estes não tiverem muitas utilidades. O número de canais apresentados no dígito ainda é o mesmo e para que se tenha um controle desses novos canais, é apresentado uma tabela de canais que consiste em uma folha (ou folhas) com as indicações das chaves e os números dos dígitos com os novos canais indicados.
Alguns rádios já vem de fábrica com canais além dos 40 porém sem mudar os dígitos e apresentando chaves especiais para que se tenha acesso a eles. Mas os fabricantes não apresentam uma tabela representativa pra isso e nesse caso faz-se separadamente uma tabela apropriada.

Antena dual banda:
As antenas de Radioamador têm suas formas e funcionamentos dos mais variados e muitas delas fazem coisas que parecem mágica e que fica difícil acreditar. Entre essas coisas, estão as antenas Dual banda que funcionam conjuntamente em UHF e VHF com a possibilidade de transmitir em uma freqüência enquanto recebe na outra sem que nenhuma interferência aconteça entre essas bandas.

PT5, PT6, PT8 etc...:
As antenas PT são na realidade uma cópia fiel das antigas e famosas antenas de autoria americana com o nome de HIGAIN.
Essas antenas possuem uma bobina que copia as mesmas características das antigas antenas da marca LAFAIETTE que carinhosamente receberam o nome de "dinamite" por ser muito parecida com uma banana de dinamite.
Muitos fabricantes de antenas aderiram a esse método inventado pela LAFAIETTE copiando quase que fielmente as antenas da HI-GAIN apenas mudando o nome e a qualidade do material empregado. O número que segue o nome, é a quantidade de radiais que a antena possui.

Ponta a ponta:
Quando duas ou mais estações estão se comunicando entre si na mesma frequência sem o auxílio de uma repetidora artificial, diz se que estas estações estão ponta a ponta. O termo também é empregado se houver ajuda de uma repetidora natural (propagação pela ionosfera), pois as freqüências que estas estações operam ainda são sempre as mesmas não necessitando o uso de um "off-set" como acontece quando se usa uma repetidora montada artificialmente.

Eletreto:
Até meados de 1990, as cápsulas de microfone de qualquer transceptor eram sempre feitas com uma fina bobina colada ao diafragma acompanhadas de um imã fixo para identificar as variações da voz quando a bobina é movimentada pelo diafragma. Esse é o sistema dinâmico, pois a bobina possui um valor que varia de 200 a 700 ohms.
Atualmente a maioria dos fabricantes de rádios transceptores adotou o eletreto como cápsula. Esses componentes de valor interno de até 1200 ohms (1,2 k) consistem em um transistor especial com um dos seus elementos ativos ligados ao um fino metal que detecta a voz e transfere ao transistor que amplifica e transfere ao rádio. Esse método é muito mais eficiente e durável, mas é necessário um pequeno circuito eletrônico para polarizá-lo porque não funcionam se ligando diretamente ao rádio.

Duplexador:
São fabricados atualmente muitos transceptores com mais de uma banda padrão. São denominados Dual band porque possuem 2 bandas geralmente UHF e VHF, Ttrial band porque possuem 3 bandas como UHF, VHFL e VHFH e Multi band porque possuem muitas bandas (ou banda corrida) como 10 metros, 11 metros, 15 metros, 40 metros, 80 metros etc... Alguns desses transceptores vêm de fábrica com vários conectores de antena para funcionar com uma antena apropriada em cada conector. Mas existe muitos modelos de antenas modernas com capacidade para funcionar em mais de uma banda com apenas 1 conector e 1 único cabo. Nesse caso é necessário o uso de um duplexador que é um pequeno aparelho com 1 conector em um dos lados e 2 ou 3 conectores no outro lado. Sua função é ligar vários rádios de bandas diferentes (ou rádios dual band) em uma única antena dual ou trial...

Off-Set:
Esse estranho termo em Inglês nada mais é que a diferença que um rádio faz entre transmissão e recepção quando em uso com uma repetidora artificial. Em determinadas freqüências como as faixas de Radioamador em VHF e UHF ou nas faixas marítimas, o off-set é padrão (sempre o mesmo valor para toda a faixa), mas em outras faixas como as comerciais, serviços, polícia etc... é diferente entre eles.

Medidor de ROE:
Existe uma necessidade de se saber se antena está realmente casada com a freqüência de operação do transmissor.
Isso é muito importante para o perfeito funcionamento do sistema e evitar que haja queima de componentes importantes.
Para saber se a antena está legal, usa-se um pequeno aparelho portátil que não precisa ser ligado a rede elétrica que se chama Medidor de R.O.E. Esse simples aparelho possui 2 conectores, 1 ponteiro (vu), uma chave HH e um botão para ajuste fino. Ele é ligado entre o transmissor e a antena usando um pequeno rabicho (veja rabicho) e assim é possível saber a quantidade de retorno da antena que não pode ser maior que 1:1,5.

PLL:
Os primeiros transceptores usavam um tipo de sintetizador controlado a cristais que junto faziam umas séries de canais com bem menos cristais. Para se conseguir 23 canais, eram necessários 14 cristais e isso era muito ainda. Foi então inventado um integrado PLL que acabou de vez as grandes quantidades de cristais dentro do transceptor. Atualmente um rádio fabricado com PLL possui no máximo apenas 4 cristais (não conta os cristais de filtro do receptor).
Convém lembrar que é através do PLL que é possível aumentar o número de canais de um transceptor, mas no Brasil, esse tipo de componente é em alguns casos quase impossível de conseguir e custa caro.

Sobremodular:
Em termos normais, modular significa falar ao microfone inserindo módulos que são representados pela voz do operador a portadora de transmissão que podem ser em amplitude, freqüência ou cw. Sobre-modular é transmitir na mesma freqüência do colega e ao mesmo tempo tentando falar por cima dele e certamente conseguirá fazer isso para quem está mais próximo.
Não é correto tentar "sobre-modular o colega" pois isso é considerado falta de respeito ao amigo que não sabe que está sendo atrapalhado.

Antena fantasma:
Antena fantasma também chamada de carga fantasma é um tipo de antena que não tem varetas, polarização ou direção, mas tem impedância correta de 50 ohms. Consiste em uma lata razoavelmente grande com um único conector fêmea instalada em um dos lados e contendo em seu interior alguns resistores de carvão com potência de até 2 watts cada ligados em paralelo para diminuir a tolerância e muita areia para dissipar o calor produzido assim uma carga de 50 ohms com capacidade de suportar até 500 watts dependendo da montagem.
Essa montagem estranha funciona como uma antena comum a qualquer freqüência oferecendo um valor de ROE 1:1, mas sem irradiar a transmissão possibilitando qualquer tipo de teste ao transmissor ou botinas sem importunar os colegas ou causar interferências em qualquer aparelho mesmo muito próximo. Essa carga fantasma pode ser facilmente encontrada nas lojas de antenas para o Rádio-Amador, mas sua montagem é tão simples que quase todos poderá montar um. Consiste em colocar um conector fêmea ligado a 4 resistores de carvão (não serve usar resistores de fio) no valor de 220 ohms e 2 watts cada em paralelo colocados dentro de uma lata tampada e totalmente cheia com areia.

Jogar portadora:
Ao exato momento que o PTT é apertado, o rádio começa a transmitir um sinal de RF na freqüência do canal escolhido e agora é só falar. Esse é o procedimento padrão para o uso do rádio transceptor e assim se faz muitos amigos. Porém é com esse mesmo procedimento que se faz possível interferir em outra estação e arrumar inimizades. Basta transmitir junto com a outra estação propositalmente e não falar nada ou fazer barulho. Isso é jogar portadora e é uma prática ruim.

Retorno de áudio:
Retorno de áudio é uma moda atual não muito aceita por mim ou pelos técnicos de rádio transmissores (mesmo). A arte de ouvir a própria voz no autofalante do rádio causa microfonias e impede de se usar microfones sensíveis ou amplificados. Além de obrigar o integrado de áudio trabalhar mais intensamente que o normal. Alguns modelos de rádios Americanos como o VOYAGER, já vem de fábrica com câmara de eco e conseqüentemente o retorno facilitando a calibragem do eco. Mas leva-se em conta que a modulação ainda é de fábrica com apenas 60% de sensibilidade e ganho funcionando bem com o retorno mas fica muito difícil fazer qualquer trabalho de melhoria na modulação ou potência.

Botina ou bota:
Um aparelho valvulado ou transistorizado que tem a finalidade maior de aumentar a potência de um transmissor, recebeu o nome de Botina ou bota porque o que ele faz é dar um "chute" na RF para ir mais longe. O nome correto é Amplificador linear de RF porque amplifica a RF que sai do transmissor para um número maior de watts permitindo "chegar" mais longe. Em alguns modelos de "botina", os fabricantes incluem um outro circuito chamado de booster capaz de amplificar a recepção do transceptor em até 40 watts.
É muito importante dizer que É PROIBIDO o uso desse tipo de aparelho se usado na faixa dos 11 metros (PX) e nem todos os Radioamadores poderão usar dependendo da classe da licença e potência do linear.

Câmara de eco:
Alguns modelos de rádios da marca Voyager, Galaxie, Alan e outros, já estão sendo fabricados com uma placa de eco no seu interior com a finalidade de produzir um lindo efeito de eco na modulação. A placa de circuito desses modelos, possuem tomadas especiais prontas para a colocação desse tipo de eco, mesmo os modelos que vem como opcional ou não. Essas placas de eco são fabricadas para funcionar em qualquer rádio transceptor por estarem preparadas para drenar invasões de RF. PTT's fabricados com eco e outras placas externas para eco para receber o próprio PTT do rádio, também são recomendados.
Jamais coloque outras placas como pedais de guitarra ou aparelhos de efeitos fabricados para mesas de PA.

Modular:
Modular é o mesmo que falar ao microfone quando o rádio está em transmissão. Esse termo é usado porque a portadora de transmissão tem sua ondulação em forma de módulos de acordo com o tipo de modulação. Quando o PTT é apertado (pressionar a tecla lateral), o transmissor transmite, mas somente a portadora e quando se fala ao microfone, essa portadora modula de acordo com a voz do operador.

TVI:
Quando surgiram os primeiros Radioamadores, Ainda não existia a televisão e os aparelhos sonoros como o rádio, era, valvulado com muito pouco risco de sofrerem interferências de um transmissor próximo. As primeiras interferências registradas apareceram quando surgiu a televisão e foi denominada TVI (tv interferência).
Atualmente existem muitos aparelhos com sensibilidade suficiente de sofrerem essas interferências como o computador, telefones, rádios e até sons e se ocorrerem, diz-se estar causando TVI.

Quadra Cúbica:
São muitas as variedades e tipos de antenas com capacidades, polarizações e direções variadas. Dentre todas, a mais famosa é a Quadra Cúbica (cúbica de quadro) porque confere todos os itens das melhores antenas. Considerada uma antena de luxo,a quadra cúbica é uma antena poderosa de tamanho pouco exagerado em comparação as outras da mesma banda mas polariza vertical e horizontal simultaneamente e possui grande capacidade de direção e potência. Sua aparência lembra vários quadros (dependendo da quantidade) em fila sendo umas menores e outras maiores.

Batimento de onda:
Ao receber duas ou várias emissoras de rádio operando quase ou na mesma freqüência, ocorre um tipo de apito que é gerado pelo "batimento de onda" dessas emissoras. Isso acontece muito nas faladas ondas curtas por causa da propagação que permite receber em intensidades aceitáveis emissoras de rádio de várias localidades do mundo sem que uma atrapalhe a outra.

Ouvir a entrada:
Ouvir a entrada é um termo muito usado nas freqüências altas que já se faz necessário o uso de repetidoras. Uma repetidora usa sempre 2 freqüências para funcionar sendo uma na entrada e outra na saída. Quando se usa uma repetidora, o transceptor estará recebendo na freqüência de saída enquanto que o colega transmitindo estará na freqüência de entrada e vice-versa. Para saber se é possível ouvir a transmissão do colega vindo diretamente do transmissor dele, basta programar o rádio para receber a freqüência de entrada da repetidora.

Filtro de cavidade:
O filtro de cavidade é uma peça importante e obrigatória por lei em qualquer repetidora instalada no Brasil tanto para o Radioamador como para qualquer outra empresa. É formada por dois, três ou quatro grandes bobinas uma ao lado da outra para filtrar e deixar passar somente a freqüência desejada ignorando interferências vindo de outras repetidoras e até mesmo o canal ao lado. Essa peça é muito importante e traz grandes benefícios.

Sub-tom:
Esse recurso especial somente encontrado nos rádios VHF e UHF, permite bloquear interferências indesejáveis tanto provocado por outras estações como estáticos. É o Sub-tom que funciona como uma senha para liberar o squelch ou fazer outras funções importantes que são os mais variados. Se um rádio estiver com seu receptor bloqueado por um dos números de sub-tom, este somente aceitará ou vai abrir o som se a estação que receber conter em sua portadora o mesmo número de sub-tom. São cerca de 45 sub-tons diferentes e seu uso é bastante semelhante ao controle remoto podendo ligar ou desligar repetidoras, diminuir potências, gravar mensagens, ligar outros aparelhos e muitas outras funções.

Rabicho:
Esse é um simples nome para um simples cabo de aproximadamente 45 cm e com 2 conectores macho sendo 1 em cada ponta. Serve para ligar outros aparelhos ao rádio como botina, booster, casadores, medidores etc. Recomenda-se o uso do "rabicho" com tamanho inferior a 65 cm e com cabo de boa qualidade.

Chucrutar o rádio:
A maioria dos transceptores de PX americanos vem de fábrica com uma antiga legislação inaceitável para os padrões Brasileiros. Nesse caso o nível de áudio na modulação que deveria estar em 90%, são de apenas 60% e a quantidade de watts na potência do transmissor de deveria estar com 7 watts em AM e 21 watts em SSB (ou banda lateral) são de apenas 4 watts em AM e 12 watts em SSB. A quantidade de canais que no Brasil é de 60, são de apenas 40. A arte de efetuar as devidas melhoras no rádio como aumentar a potência, sensibilizar o microfone, quebrar o queixo e o aumento de canais até mesmo para um número bem acima do permitido, chama-se chucrutar o rádio, mas essa pratica é proibido por lei.

Banda Lateral:
A Banda lateral é o mesmo SSB antigo apenas com a diferença de que esta foi dividida em 2 modos, o LSB que é a supressão apenas na metade inferior da portadora e o USB que é a supressão apenas na metade superior da portadora. O LSB e o USB funcionam do mesmo jeito com uma a impressão que são iguais mas nota-se logo a diferença quando se percebe que um modo não fala com o outro.

Aterrar a antena:
As antenas móveis usam a própria lataria do carro como parte de seu elemento. Isso quer dizer que quando uma antena para carro é comprada, foi adquirida apenas uma parte dela. A outra parte é a própria lataria do carro que é uma parte muito importante e tem que ser levado a sério. Portanto quando a antena móvel é instalada, esta deve ser aterrada a lataria do carro para funcionar corretamente.
Porém é muito importante lembrar que esse aterramento não pode ser feito através de fios comuns e sim no ato de prender a antena na mala eu calha. Se isso não acontecer, a antena fica com a estacionária alta significando o mal funcionamento do rádio e a possibilidade de queima do transistor de saída.

Fonte estabilizada:
As fontes que alimentam os rádios transceptores devem ser estabilizadas, seguras, com boa amperagem e com voltagem que variam em torno de 12 a 13,5 volts. Por ser um componente muito importante na vida do rádio, deve-se tomar muito cuidado com a qualidade desse tipo de aparelho já que um defeito pode causar danos sérios ao transceptor. Lembro que as fontes de computador modificadas, oferecem alta capacidade de estabilização e faz o transceptor funcionar muito bem mas eu comparo isso a uma usina nuclear que é muito poderosa quando tudo vai bem mas se falhar, os prejuízos são incalculáveis.

DENTEL:
Departamento Nacional de Telecomunicações foi o órgão fiscalizador de radiodifusão que fiscalizava também os Radioamadores. Funcionou até a gestão presidencial de Fernando Collor quando foi mudado para DICOM (?) e depois para ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações).

Canais negativos e positivos:
Quase que todas as marcas de transceptores usados no Brasil são de fabricação Americana ou Japonês. Nesse caso os transceptores fabricados para a faixa dos 11 metros (PX) possuem apenas 40 canais que é considerado muito pouco para a maioria dos Brasileiros. Sabendo-se que no Brasil a liberação é de 60 canais, para os possuidores de rádios de apenas 40 canais sente ainda mais a necessidade de ter os demais 20 canais que faltam e como os integrados sintetizadores de freqüência (PLL) tem condições de fazer um aumento bem superior ao 60, o resultado final são os muitos ou quase todos os transceptores PX modificados para muitos canais negativos ( abaixo do canal 1 ) e canais positivos (acima do canal 1) que ao todo podem somar até 600 canais sendo os próprios 40 canais, a primeira parte dos canais positivos.
Só que a portaria 01/80 de 1981 que liberou os 60 canais no Brasil, cita em um dos itens que é proibido efetuar qualquer que seja alterações técnicas nos equipamentos transceptores sob pena de multas e cassações de licença da estação. Isso quer dizer que é proibido mesmo se modificando um transceptor de 40 para apenas 60 canais.

Frequencímetro:
O frequencímetro é um equipamento elegante com entrada sensível e com a função principal de medir as freqüências de cristais (ligados no oscilador), freqüências de transmissores e osciladores em geral. São muitos os modelos que vai de um simples medidor de freqüências com capacidade de até alguns MHz até ao moderno contador de data, tempo, período etc... com capacidade de até alguns GHZ (freqüência X 1000000) com memórias pra facilitar a leitura.

Quebra queixo:
Os transceptores fabricados para a faixa dos 11 metros (PX) que possuem SSB ou banda lateral (LSB e USB) tem um botão para efetuar a sintonia fina nessas modalidades. Só que a legislação Americana proíbe que os operadores da faixa cidadão (11 metros) tenha esse botão funcionando durante a transmissão obrigando aos fabricantes a criarem um circuito automático de sintonia que "trava" a freqüência no ponto central desligando a função do botão da sintonia no modo transmissão que só retorna ao seu funcionamento normal quando o equipamento volta para o modo recepção. Isso é chamado de "queixo duro" e é muito ruim para sintonizar diversas estações em uma "rodada" pois não ficam todos na mesma posição de sintonia obrigando a uma constante movimentação desse botão todas as vezes que o outro vai falar.
O "quebra queixo" é a alteração técnica feita no circuito que é ligado a esse botão para que ele continue sintonizando mesmo quando o transceptor está no modo transmissão. Isso quer dizer que ao sintonizar a voz do colega, o mesmo não precisará sintonizar novamente e assim será para todos que também estiverem com o "queixo quebrado". Convém lembrar que "quebrar o queixo" não é aumentar a largura de sintonia do botão como muitos pensam.

LC:
Essas 2 letras representam a frase Limpo e Cristalino. Em outras palavras, está tudo bem. Essa gíria muito usada atualmente pelos usuários de transporte alternativo, indica que os lugares verificados pelos próprios colegas de profissão, estão livres de fiscalização ou blitz (fiscalizar carros e pessoas que passam ao local por algum órgão federal ou estadual).
De muito usado, essa gíria LC, já é presente nas modulações de rádio entre os PX e até Radio Amadores incrementado esse novo modo de falar ao código "Q" como aconteceu com o código TKS (obrigado de agradecimento) que somente pode ser usado nas transmissões de CW.

Fonte: A obra acima, é de exclusiva autoria de Antonio Méier_AM.
http://www.qsl.net/zz1nja/iniciantes.htm

Comentários

  1. APROVEITANDO A OPORTUNIDADE GOSTARIA DE SABER SOBRE RECEPÇÃO E TRANSMISSÕES DE RÁDIO DAS AERONAVES. GOSTARIA QUE ME DIRECIONASSE A ALGUÉM ENTENDIDO SOBRE ESTE ASSUNTO.

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  2. sera que agora ja nao fazem tranferencia da viatura ha televisao

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